sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Para não esquecerem de mim (17)



Hoje eu termino de escrever sobre as peripécias do socialismo real. Infelizmente, ainda não posso dizer que esta praga passou já para a História. Alguns países continuam a adotando e tentando convencer outros de que tudo foi muito bom, apesar de saberem com cair dela. Por exemplo, vejam Cuba. Graças a Deus a grande maioria tomou consciência do verdadeiro genocídio praticada por aqueles que esperavam transformar o homem a partir de um partido. E aqui cito o Narloch sem comentários, esperando que vocês já tenha comprado o livro, pois faltalmente eu voltarei a ele nesta viagem.

“31.

Outra constante dos países socialistas é o desespero dos cidadãos para fugir do regime e ingressar no território capitalista mais próximo. Foi assim da China para Hong Kong, do Camboja para a Tailândia, de Moçambique para a África do Sul, é assim de Cuba para a Flórida, da Coreia do Norte para a Coreia do Sul. Na Alemanha, após a Segunda Guerra, as autoridades comunistas enfrentavam um problema: era muito fácil fugir para o enclave capitalista. Com Berlim dividida entre o setor soviético, o britânico, o francês e o americano, bastava aos cidadãos atravessar a rua e pular alambrados. Até 1961, mais de 3 milhões de pessoas (ou quase 20% da população da Alemanha Oriental) tomaram essa decisão. Para conter a migração, o governo comunista teve uma ideia com a qual nós nos acostumamos, mas que nem por isso é menos absurda: construir um muro de 160 quilômetros. Muros ao redor de cidades ou entre países são comuns na história, mas servem como defesa, para evitar que indesejados entrem. Barreiras para evitar as pessoas saírem eram usadas somente em prissões.”

“32.

O Muro de Berlim ficou pronto em 1961, mas nem assim os cidadãos deixaram de fugir para o capitalismo. Até 1989, mais de 4 mil pessoas o venceram, mas cercda de 250 foram mortas aos serem flagradas pelos guardas. O muro exigiu planos de fuga mais criativos. Em 1963, quando os guardas ainda estava desavisados, uma família teve uma ideia simples e genial. Arranjaram um carro baixo, o conversível Austin-Healey Sprite, e arrancaram-lhe o para-brisa. A mãe escondeu-se no porta-malas. Na hora de entregar o passaporte no posto da fronteira, o motorista simplesmente acelerou e abaixou a cabeça, passado por baixo da cancela.
No mesmo ano, o acrobata Horst Klein percorreu de mão em mão, um fio de alta tensão desativado que atravessava o muro. Vinte anos depois, dois amigos, um encanador e um eletricista, armariam uma espécie de tirolesa. Primeiro, dispararam um cabo de náilon entre os dois lados da cidade usando arco e flecha. Depois, passaram um cabo de aço pelo náilon. Com um walkie-talkie, se comunicaram com um cúmplice no lado ocidental, que amarrou o cabo de aço num carro. No fim da madrugada os dois deslizaram, com roldanas, rumo à sensatez.
A fuga mais famosa ocorreu em 1979: duas famílias construíram um balão de ar quente usando pedaços de lona e lençóis. Os dois casais, com quatro crianças, atingiram 2.400 metros de altura, conseguindo pousar tranquilamente no lado capitalista. Pelo menos não se pode acusar os governos comunistas de não desenvolverem a criatividade dos cidadãos: eles armaram os jeitos mais imaginativos para fugir do regime.
Apesar de todas essas histórias que ultrapassam de longe as estripulias da Coreia do Norte e as crueldades nazistas, o comunismo segue firme hoje em dia. Seus seguidores defendem a ideologia com brilho nos olhos. Formam grupos de estudo e de propagando financiados por universidades públicas. Propagam as ideias de Marx com vigor, são aplaudidos em palestras com fiéis defensores dos pobres e da liberdade. No países mais tristes, os comunistas ainda ocupam prefeituras, secretarias e ministérios.”


Não me controlo em fazer um simples comentário. Hoje ninguém defende o comunismo pura e simplesmente, por causa de histórias como estas que acabamos de transcrever e porque os países totalmente comunistas ainda existentes, estão em petição de miséria, e os outros que estão se modificando (vide China) partem cada vez mais para o capitalismo e como consequência para liberdade política. Enquanto nós, aqui no Brasil, flertamos com o socialismo bolivariano do Cháves, que, se Deus quiser, cairá de Maduro.

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