quinta-feira, 1 de março de 2012

A GAZETA e a "farra das diárias"




Como todos sabem, tenho acesso a A GAZETA, jornal administrado pelo nosso jornalista-mor o Luis Clério, (que deixou de me publicar porque eu reclamei que um artigo meu havia saído sem os créditos), através do Zé Carlos, numa deferência toda especial do jornalista. Eu até pensei em fazer uma assinatura, mas como hoje vivo reclusa pelas ameaças que sobre mim pairam, não posso. Então, mando um mensageiro buscar o jornal escrito por mera segurança ou paranóia, afinal de contas, no mundo atual do Pacto Pela Vida, ninguém sabe onde começa um nem termina o outro.

Gosto muito de comentar o jornal, principalmente o Editorial, escrito por um dos melhores jornalistas de Pernambuco e do Brasil, o Jodeval Duarte, embora ele viva pisando na bola em seus amores com a presidenta. Mas, hoje não vou fazer isto, pois o que me interessou, desde a edição 305 (que já peguei há algum tempo) e neste agora da edição 306, é como o respeitável jornal tratou o caso chamado pela imprensa da “farra das diárias” envolvendo as câmaras de vereadores, e que nos levou à 10ª colocação em gastos nesta rubrica, no ano passado, no Estado.

Na edição 305, procurei, procurei, procurei e não encontrei nenhuma menção a esta notícia, que foi difundida até pelos blogs, embora sem detalhes, ou pelas rádios a que não tenho muito acesso. Foi como se nada tivesse acontecido, e uma grande notícia fosse transformada em pó. Eu fiquei encafifada com este procedimento, e detalhei aqui todos os gastos, cumprindo minha função de informar, e também, de cobrar mais esclarecimentos sobre o fato, com toda dificuldade que tenho, de longe, pois não posso ir ao escritório do vereador Carlos Alberto, para receber dele todas as informações, como ele promete em seu blog, embora não toque mais no assunto.

Eu nunca soube o porquê deste silêncio, nem da parte dos próprios vereadores, que poderiam usar o fato como uma coisa altamente positiva para suas possíveis candidaturas, mostrando seus cursos, seus congressos, seus conhecimentos, financiados por nós, é certo, mas fazendo-os deles os legítimos depositários para servirem ao município. Só depois que li a seção de política desta edição 305 eu comecei a entender o porquê do silêncio, pelo que escreve o Luis Clério.

Quando fala desta notícia ele começa citando um adágio, como ele diz: “O pau sempre quebra na costa do mais fraco... do menor... do mais pobre!”. Eu confesso que li o resto do texto todo, procurando onde eu encontraria o mais forte e o mais fraco, e juro, não encontrei, pelo menos com clareza.

Logo em seguida ele pergunta e responde: “É errado o pagamento de diárias para os vereadores participarem (?) de seminários realizados em outras cidades do Estado e até em outros Estados da federação? É!”. Eu, já não acho que sempre seja. Se é para a melhoria dos trabalhos na câmara e para o bem do município, dentro das prioridades traçadas pelos seus habitantes, eu não vejo nada demais nisto. Mas, quando pensei que o articulista iria bramir por punições para aqueles que erraram, ele faz outra pergunta: “E Presidente, Governador, Senador, Deputados – federal e estadual – não? (grifo dele).

É claro que não podemos responder à pergunta a priori, ou seja antes de examinar os fatos. Tudo pode ser errado ou tudo pode ser certo, para qualquer um dos citados, inclusive, para os vereadores de Bom Conselho. O problema dos vereadores de Bom Conselho, não foi o gasto com diárias, mas, sim o 10º lugar entre 184 municípios. Este foi o nosso destaque para o bem ou para o mal. Venhamos e convenhamos que não podemos classificar Bom Conselho, por mais que quiséssemos, entre as 10 maiores economias do Estado, nem entre as 10 maiores em muitas outras coisas, embora ela seja a primeira em nossos corações. Então, ou os nossos vereadores se qualificaram demais, relativamente, ou, gastaram nosso dinheiro demais, também, relativamente.

Gastar o dinheiro público em diárias neste país não é mais notícia. Mas, Bom Conselho está em 10º, isto sim é notícia, e das boas. Mas, com o seu jornalismo de responsabilidade o Luis Clério contornou o assunto deixando com o povo a tarefa de deglutir a notícia e o conclamando: “O correto e indiscutível é não eleger, nem reeleger o político que passando pelo Executivo ou Legislativo não exerceu suas funções com dignidade e respeito ao patrimônio público.”

O o que vejo é que nós, como imprensa, temos uma responsabilidade, muitas vezes cruel, de informar às pessoas sobre o que se passa ou o que se passou para ajudá-las a seguir o conselho do Luis Clério, pois ainda não inventaram uma tarja vermelha para indignos. E mesmo para mostrar uma ficha limpa, a opinião pública e a imprensa tem sido fundamental em nosso país.

Porém, deixemos para lá a edição 305, e, como esperamos, e quase acertamos, A GAZETA tratará do assunto de uma forma mais clara, embora poderia ser mais clara ainda em matéria de informação, no número seguinte, o 306.

Na mesma coluna (Política) num item nominado “Critico e Criticado” o Luis Clerio se dirige diretamente a mim, sem citar nomes. Pois ele diz: “Alguns pretendentes a uma cadeira na Casa de Dantas Barreto estão usando uma reportagem do Diario de Pernambuco na qual a Câmara de Vereadores, como um absurdo e se lá estivessem não fariam isso. Nós eleitores vamos ficar atentos e registrar todas as promessas para depois de eleitos e conhecerem como funciona o sistema”.

É a mim que ele está se dirigindo ou não é?  Todos sabem que sou uma postulante, em 2016, de uma cadeira na Casa de Dantas Barreto, e os eleitores podem anotar minha promessa fundamental, por enquanto: O vereador será remunerado com um salário mínimo regional. E eu, doarei o meu à Casa da Caridade. Podem me cobrar isto, e se eu não cumprir, não me reelejam em 2020. Eu só não trato os gastos em diárias como absurdo, mas, pela nossa colocação, eles merecem uma melhor explicação.

Para aqueles que pleiteiam uma cadeira agora em 2012, eu não discordo do Luis Clério, todos tem que declarar se vão usar mais diárias, ou não, e que projetos tem para a cidade. Mas, não devemos esquecer que o que eles fizeram é mais fundamental ainda para suas eleições e para o julgamento do eleitor. Então, devemos saber de antemão, com detalhes,  dizer em que foi gasto nosso dinheirinho, e que nos deu o honroso lugar entre os municípios pernambucanos, nos transformando no legislativo mais culto e sabido do Estado.

O nosso papel como imprensa é noticiar os fatos e colocamos nosso blog á disposição dos nossos edis para qualquer informação ao distinto publico, da mesma forma que o Luis Clério coloca a coluna dele quando diz: “Desde já colocamos esta página de nossa responsabilidade para todos os candidatos – Executivo e Legislativo – para publicarem seus projetos políticos para Bom Conselho.

Isto parece ser de importância fundamental, no presente caso das diárias, pois a reportagem gerou um fato político que muitos pensam em lidar com ele dizendo que tudo foi feito dentro da legalidade. Ora, em Cuba se prende e fuzila gente, por falar mal de Fidel, dentro da legalidade. O problema é ético, e principalmente político. Ontem mesmo eu via o resultado da enquete que a AGD fez (não sei onde foram arranjar tantos pré-candidatos), onde um dos melhores colocados é o Dr. Petrúcio que não foi a congresso nenhum, enquanto os outros vereadores que foram se qualificar, e foram colocados como pré-candidadtos, ou não tiveram votos (Arlan Curvelo e Ivete da Silva) ou muitos poucos (Léa Ramos com 2 votos). Será que isto tem a ver com a notícia?

Só há uma maneira de tratar a questão, e a imprensa é fundamental nisto, se os vereadores concordarem. Informar, tim tim por tim tim ao distinto eleitorado. E isto foi uma ideia do vereador Luizinho da Malharia na rádio do Poeta (depois eu comento mais), de criação de um portal na internet para a Câmara de vereadores. Supimpa!

Para findar o comentário sobre a A GAZETA, tenho que parabenizar o salvador da lavoura: O Cícero Ranzi, que mostrou todo seu ranço, para dizer como se gastou demasiado com diárias em Bom Conselho, cobrar a produção legislativa dos  edis, fazer cálculos e mais cálculos e  propor uma solução para economizar na capacitação de vereadores (que não entro no mérito até os vereadores explicarem o que fizeram), e concluir: “Mas, uma pergunta fica nos incomodando: porque não se faz isso? A resposta é simples, porque o verdadeiro interesse não é se “capacitar”, mas sim obter alguma vantagem financeira quando se é premiado com a benção do cajado do presidente. Mas o povo não precisa de serviços públicos, não precisa de escolas, hospitais, remédios. A notícia corre: jornais, blogs, boca a boca, cabeça a cabeça. O que o povo realmente precisa é escolher melhor os seus “legítimos representantes”.

Pode até ser que nem todos os vereadores não tenham interesse em se “capacitar”, mas o povo precisa saber quem são eles, para irem as urnas sabendo o que é joio e o que é trigo. E nisto a imprensa local é fundamental. Eu penso, que A GAZETA  ainda não abordou o assunto com a ênfase que ele merece. Precisa ter mais ranço.
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P.S.: Pois não é que o Xico Pitomba voltou!!! Eu vi na página Deu nos Blogs da AGD, quando já tinha terminado este artigo sobre a A GAZETA. Eu não sabia que o Xico era gay. Pelo menos ele tem esta qualidade e já o convido para a Papacagay. Pode levar seu patrãozinho que ele sempre será bem-vindo, para relembrar os velhos tempos de Arapiraca. Mas, depois escrevo sobre estes assuntos menores.

3 comentários:

  1. Dona Lucinha,

    Muito boa postage como sempre. O problema da A Gazeta é que a câmara patrocina ela e o jornal não quer perder a boquinha, então a tendência é esconder qualquer noticia ruim. Com a prefeitura e com a perdigão também acontece isto.
    O único meio é o povo não votar em ninguém que recebeu um tostão de diaria pra ver se a coisa melhora no próximo ano.
    E agora dizem que vai ser 11. Eu queria que a senhora já fosse um deles ai a coisa melhoria. Não ligue pra este Poeta mentiroso não, continue escrevendo pra nossa cidade que lhe le bastante.

    Arlindo Paz

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  2. Esse xico pitomba, é tão gay quanto o seu editor, para quem não saber o seu editor é tão preconceituoso que fica em seu blog 2 postando fotos de varias mulheres peladas, como que ele gosta. Talvez ele que ser igual a elas com suas curvas. Sem contar que ele já foi seminarista e hoje odeia a igreja católica, como que a igreja tivesse culpa de suas decepções em ser gay, e não ter coragem de assumir sua sexualidade. E na sua juventude procurou escondesse no seminário e não agüentou viver a castidade.

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  3. Lucinha, por onde anda o Altamir?, será que resolveu pegar uma motocicleta e refazer a viagem do Che relatada no filme "Diários de Motocicleta"?

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