quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mãe só tem uma! Será a do governador?




Não meus senhores, este texto não tem nada a ver com a piada pecadora, que foi enviada pelo Valfrido Curvelo para AGD (página “Sorria, mesmo sem comprar”), embora abaixo envolva até futebol. Eu fui lá, na página, pequei, e Deus me perdoe, mas ri à beça. Ele é sobre a Condessa Ana, mãe de nosso Vice-Rei Eduardo.

Agora foi criado o nepotismo maternal. Como todos sabem, o termo nepotismo vem de nepote, que era o sobrinho do Papa, e que por ser seu sobrinho era o protegidinho do titio. Agora, em Brasília com a benção do ex-apedeuta-mor, e de 222 deputados, o nosso Vice-Rei conseguiu que sua mãe fosse nomeada para um cargo no TCU.

Meus amigos, TCU não significa Tribunal de Coisas Ultrapassadas, e sim, Tribunal de Contas da União. Não percam o seu tempo lendo outras coisas. Leiam o artigo 71 da Constituição para saber de sua importância:

“Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.

§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.

§ 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.”

Se vocês não perderam o seu tempo lendo isto, agora o percam e continuem a ler-me.

Agora, sinceramente, vocês acham que pode dar certo um Tribunal com tamanha responsabilidade, ter como critério para participar dele, “ser mãe do governador de Pernambuco”, ou, “apadrinhado do ex-apedeuta-mor”? Alguns, que comentaremos mais abaixo dizem que é coisa de política. Se política é isto, eu que já estava com vontade de sair, agora mesmo é que estou fora. Você ser apenas uma cidadã, para quem política é mais do que isto.

Se não sair agora, eu vou pleitear a próxima vaga no TCU, com o argumento de que sou parente e aderente do Patácio Peixoto, Prefeito de Brogodó, e que terei como assessora a Doralice Peixoto. Não seria legítimo?

Imaginem o que faria o Patácio numa situação dessa? Claro que moveria mundos e fundos para me ver no TCU. Com que intenção? As mesmas do Zazá, o prefeito de Morde & Assopra? É possível que não. Mas, se a seriedade imperasse em Brogodó, o Patácio, como agente público, ficaria em suspeita permanente e insanável.

É o que penso acontecerá com o nosso Vice-Rei, e já está acontecendo com o nosso ex-apedeuta-mor que agora diz que o “mensalão” não existiu, enquanto o STF vai dizer que quem não existiu foi ele, pelo menos, como um Presidente responsável. Embora ele saiba que não adianta nada e que agora tem que fazer “política” com “p” minúsculo até o fim de sua existência, como agora eu suponho, o mesmo ocorrerá com nosso Vice-Rei.

Mas com estamos tratando de mãe e filhos e política com o “p” assim mesmo, se faz até em Bom Conselho, e levada pela página da AGD, “Deu nos Blogs”, fui ler o Blog do Dr. Filhinho.

Ele cometeu mais duas postagens interessantíssimas e digna da ciência política bom-conselhense. Na primeira ele é conclusivo. Ao participar das reuniões políticas na EXPOBOM, pegado na mão de mainha, ele concluiu: “O sigilo é imprescindível nessas situações, principalmente vindo de alguém que acompanhou algumas dessas conversas. Mas como diria o Poeta, política se faz nos bastidores!” Esta é a política com o “p” assim mesmo e existe em toda parte. Se deve ser assim, o nosso cientista mirim não disse uma palavra, só acompanha mainha.

A outra tem o sugestivo título de “Ele aprontou de novo!”. Eu pensei, inicialmente que ele fosse se referi a alugum coleguinha dele que escondeu os remédios que ele toma ainda desde que surtou. Mas, não era. Ele iria falar do próprio, do nosso governador, do nosso Vice-Rei, Eduardo Campos, filho de Ana Arraes, filha de Miguel Arraes. Então, como eu já sabia o que ele havia aprontado, continuei a ler o Dr. Filhinho.

Eu não diria melhor do que ele, quando descreveu o feito do Vice-Rei, leiam-no:

“Não teve limites para eleger sua mãe, para este que é um cargo estratégico. E deu a ela uma vitória ao estilo Eduardo de vencer: arrasadora, humilhante para os seus adversários. Ana obteve 222 votos entre os 493 votantes, o que equivale no futebol a uma vitória de 5 a 0 do Náutico sobre o Sport, na Ilha do Retiro lotada.”

Eu já sabia, mas não me conformo. Será que um governador pode agir sem limites? Será que Pernambuco tinha realmente consciência disto quando o elegeu? E não foi só neste caso, segundo o Dr. Filhinho, este é o “estilo Eduardo de vencer”. Arrasando e  humilhando seus adversários. Meu Deus, estamos em péssimas mãos.

E ele diz que é um cargo estratégico. Estratégico para que? Para poder burlar as leis e usar mal o dinheiro público sem ser punido? Não seria demais? Talvez seja só para que Pernambuco consiga realizar um jogo da Copa do Mundo, sem licitações atrapalhando.

E ele, em sua análise precisa e contundente vai mais além. Leiam o menino, que ainda vai para as reuniões pegada na mão de mainha aprender a fazer política:

“Agora, Eduardo conta com sua mãe na tomada de decisões do principal órgão regulador das ações do executivo, beneficiando ele próprio assim que deixar o cargo. De quebra, ainda garante à mãe um salário de 25 mil reais, vitalício, com direito à aposentadoria no mesmo valor. Mas a importância da vitória de Ana Arraes, hoje, não se resume apenas a esses parcos benefícios...”

Observem senhores, o que são os parcos benefícios, que a eles não se resume a vitória da Condessa Mãe. Imaginem, o que pode ter de mais. Eu tremo só em pensar.

Meus senhores, pela genialidade demonstrado pelo Dr. Filhinho em suas análises políticas, não é difícil deduzir os segredos inconfessáveis que ele ouviu, acompanhando mainha nas reuniões. É claro que o Isaltino deve ter dito a ela, olha prefeita, o governador não quer nem saber de você nas próximas eleições. Te vira!

Há outra conclusão lógica? Há sim, aquela de que o Dr. Filinho ainda não se refez inteiramente do surto psicótico e quis atritar sua mainha com o governador. É uma hipótese também provável.

Eu deixo ao meu público leitor, que inclui mãe e todos os filhos de gente famosa, decidir. Mas, eu concluo o óbvio: “Mãe só tem uma!

3 comentários:

  1. Caríssima colega Lucinha,

    Sem entrar pela seara, só sua, da terra de Papacaça, concordo em gênero número e grau com sua análise de mais esta do nosso governador. Ele já anda dizendo que se arrependeu, mas isto não dá cola. Desculpe usar seu sacrossanto espaço blogueiro par citar outro blogueir, o Reinaldo Azevedo, sobre o episódio, que me envergonha um pouco, e a todos os pernambucanos. Já adianto que se não achar adequado nem publique. Ainda não comecei o Movimento dos Sem Blogs, só da Vergonha Já!

    “A forma como se deu a eleição da mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PE), para o TCU é particularmente importante porque ele é considerado aqui e ali, de modo superestimado a meu ver, uma liderança emergente da política, um homem especialmente hábil, chegado ao diálogo, um construtor de consensos, essas coisas genéricas, imprecisas e um tanto pastosas com que costumam definir no Brasil a falta de clareza, a ausência de contornos programáticos, a paixão pelo conchavo, as costuras de bastidores. Em suma: nesse particular, não há nada mais velho do que o jovem Eduardo Campos, que se comportou como um coronel ao velho estilo. Ah, sim: sua mãe é a deputada Ana Arraes (PSB), mas isso não tem a menor importância. Se ela se chamasse Jocasta, Sevília ou Maricota, daria na mesma. Ninguém votou nela, mas no filho.

    Campos ligou pessoalmente para todos os governadores, cabalando votos para mãe, para que estes pressionassem suas respectivas bancadas. É verdade: se um filho não apoiar a sua mãe, quem há de fazê-lo, não é mesmo? Quando se é governador de Estado e quando a progenitora é deputada, estando em disputa uma vaga num órgão de assessoramente do Legislativo e de vigilância dos gastos públicos, é evidente que as ligações são mais do que impróprias.

    Elas afrontam o princípio republicano. Uma coisa é endossar o pleito da mãe; outra, distinta, é organizar a pressão, deslocando, inclusive, o alto escalão do poder no seu estado para dar plantão na Câmara. É descabido. Pela primeira vez na história, que eu saiba, havia até buttons para pregar na lapela em defesa do nome da deputada. Campos pôs a mãe no meio para testar o seu prestígio. Ele andou espalhando a história de que, depois de lançada a candidatura, acabou se arrependendo. Não faz sentido. Ele a patrocinou para testar o seu prestígio. Deve estar feliz da vida.

    É claro que governadores ajudaram, inclusive os do PSDB, mas o grande cabo eleitoral foi mesmo Luiz Inácio Lula da Silva, que continua em campanha para 2014. Ele também testava o seu prestígio. Os petistas e uma parcela importante do PMDB migraram em massa para Ana.”

    Zezinho de Caetés (AGD)

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  2. Uma feliz postagem. Sei quem é o Dr. Filhinho. Imagine se nossas crianças lerem seu blog e e seguirem o exemplo dele. Que tipo de político teremos em Bom Conselho? Sua mãe deveria puxar as orelhas dele, como o governador vai puxar as dela.

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  3. COMO DIZ O MEU AMIGO EMÍLIO, SÓ OS BOÇAIS ACREDITAM QUE OS PILANTRAS ZELAM PELO DINHEIRO DO POVO. O CONTEXTO CORRUPTO COLABOROU PARA FORMAR A CABEÇA DESSA SENHORA. O BRASIL ESTÁ VULNERÁVEL E O AMBIENTE É FAVORÁVEL AOS BANDIDOS. ELA, NADA MAIS FEZ DO QUE SEGUIR OS EXEMPLOS DE SARNEY DO MARANHÃO, DO SEBOSO DE CAETÉS E OUTROS CRÁPULAS DO MESMO NAIPE. O QUE NOS DEIXAM “PUTO DA VIDA” SÃO QUE OS CARGOS DE MAIORES IMPORTÂNCIA EM NOSSO PAÍS, ESTÃO OCUPADOS POR GENTE DE TÃO “PEQUENA ESTATURA”. ATENÇÃO!!! O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: O PETRALHISMO OU ESSE SOCIALISMO IMORAL É UMA DOENÇA GRAVE, SEM TRATAMENTO, CAUSA DEPENDÊNCIA E DEMÊNCIA, PREJUDICA O BRASIL, CAUSA SEMPRE MAL ESTAR, POR ISSO SE AFASTE E USE SEMPRE CAMISINHA NAS POSSÍVEIS RELAÇÕES, MAS AO DESCARTAR PROCURE UM LOCAL COM INCINERADOR. QUEIME-A ATÉ VIRAR CINZAS. DO CONTRÁRIO, A PÁTRIA PODE PARIR MAIS GANGSTERES DE VERMELHO...

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